n-1

duo ENE mENOS UM

Formado por Giuliano Obici e Alexandre Fenerich em 2007 o duo Ene Menos Um (n-1) explora processos diversos entrono do som. N-1 surgiu da experimentação sonora, da “gambioluteria” - criação de instrumentos artesanais, adaptações e apropriação de materiais sonoros diversos do cotidiano - e do improviso.

Navegando por terrenos da manipulação da imagem em tempo real o duo traz consigo experimentações e vivências do sonoro para a performance sem perder o caráter especulativo característico. Abaixo alguns trabalhdos do duo. Mais informações:   www.n-1.art.br

Surfing on turntables 

Surfing on Turntables é uma peça audiovisual para quatro vitrolas, quatro câmeras de video, quatro discos preparados da Primeira Sinfonia de Mahler e cenas do filme o Homem que sabia de mais de Alfred Hichckok.

Cada disco foi preparado com pequenos objetos (fitas, botões, parafusos, anéis, argolas) fixados em posições diferentes da superfície do vinil, formando cada qual uma configuração de interferências no material gravado. A peça musical ressalta as particularidades sonoras (textura, rotação, atrito da agulha, ruído, grão) características dos diferentes modelos de vitrola portátil.

Na versão ao vivo, os gestos dos músicos manipulando os vinis são capturados. Há sobre cada vitrola uma câmara que capta a imagem do disco girando. Junto as imagens ao vivo são inseridos cenas extraídas do filme de Hitchkock, em particular a cena de um assassinato encoberto pelo tutti orquestral. A peça segue uma partitura que joga com três ápices distintos: 1) clímax do filme de Hitchkock com o tiro que mataria o embaixador, 2) clímax na sinfonia de Mahler com o tutti orquestral do primeiro movimento coincidindo com a tensão tonal e a densidade da sinfônica, e 3) o clímax dado pelos músicos em performance. A peça termina quando os três ápices se fundem, dissolvendo logo em seguida numa cena de repetição estática.

 

Jardim das Gambiarras Chinesas

CD Jardim das Gambiarras Chinesas

N-1 traz para o palco uma parafernalha de quase-instrumentos sonoros: cacos de instrumentos musicais, membros desmembrados de gadjets domésticos (vitrolas quebradas, rádios distorcidos, sintetizadores caseiros ou tecladinhos baratos ‘preparados’ com circuit-bending, computadores, máquinas de escrever, discos preparados, máquinas-relês, cabos em curto, microfonia, enlatados, caixas de música e estática) que são tocados em loop pelos músicos em cena.

Microcâmeras revelam a dança dos objetos e os gestos dos músicos. Pelo zoom da lente surgem personagens lilliputianos de proporções des-regradas: bonecos das mais diversas ordens (animais de plástico, playmobils, soldadinhosde chumbo, alienígenas e galináceos gigantes) são incorporados ao set de modo a criar uma performance própria.

mAIS INFO E TRABALHOS

 wWW.N-1.aRT.BR.