Chapa Quente é um instrumento feito de lâmina de zinco, molas, microfone de contato e sistema de amplificação (amplificador + alto-falante). O instrumento foi inspirado em um dos vários instrumentos que compõem a Geralda (multi-instrumento de Tato Taborda). Neste trabalho o duo explora a riqueza timbristica a partir da gestualidade cênica (percutindo, friccionando, dobrando a chapa) usando para isso diferentes objetos como arcos, baquetas diversas, motor e ainda o próprio alto-falante como extitador e exitante do sinal em retroalimentação.
“Chapa quente” - superfície quente capaz de ferir (queimar a pele) - é uma expressão normalmente usada para descrever uma situação de perigo. O duo explora, a chapa como limite da pele (ouvido), o espaço de dentro-fora, a partir da retroalimentação do sinal de audio, a microfonia (feedback) e a força do gesto. O nome do instrumento-performance foi dado em memória aos atentados de Novembro e Dezembro de 2010 na cidade do Rio de Janeiro que levaram o duo, na ocasião, a cancelar um show no Plano B.